O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, reafirmou nesta terça-feira, 01, que a exposição das distribuidoras de energia elétrica ao mercado de curto prazo ainda tem impacto significativo na capacidade financeira das empresas e voltou a defender a necessidade de um novo aporte às companhias do setor. Ainda assim, Rufino ponderou que essa decisão cabe ao Ministério da Fazenda. “Nós apuramos os números e sabemos do descompasso financeiro. O valor (da exposição) ainda é bastante relevante, com impacto importante no fluxo de caixa das empresas”, disse Rufino.

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Para o diretor-geral, se o governo decidir por um novo aporte ao setor, e se essa decisão levar a um novo empréstimo para além dos R$ 11,2 bilhões já tomado juntos aos bancos, deve haver um limite para essa extensão da medida. “Há um limite de valor para a ampliação da medida sem a necessidade de um novo contrato. Isso está no contrato dos R$ 11,2 bilhões”, explicou.

Reportagem publicada ontem pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, revelou que as distribuidoras de energia elétrica estão preparando um pedido de reajuste extraordinário nas tarifas neste ano – mecanismo previsto no contrato de concessão sempre que os custos não gerenciáveis sofrem intenso aumento. Diante da ameaça das companhias, que se manifestaram incapazes de bancar a elevação dos custos com a compra de energia, o governo começou a negociar um novo empréstimo bancário para o setor. Depois dos R$ 11,2 bilhões acertados em abril, o financiamento adicional deve ficar em torno de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões.

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