A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta quarta-feira, 09, em reunião extraordinária, o adiamento da data de pagamento pela energia no mercado à vista pelas distribuidoras. O novo prazo será 31 de julho. A data original vencia nessa semana, nos dias 10 e 11. Ao todo, as distribuidoras terão que pagar R$ 1,840 bilhão aos geradores, referente a despesas de maio. A prorrogação do prazo para o pagamento envolve despesas de R$ 1,322 bilhão, que vencem no mercado de curto prazo. O restante envolve contratos bilaterais entre geradores de usinas térmicas e distribuidoras, mas essa despesa terá que ser paga nas datas acertadas entre as partes.
Relator do caso, o diretor Reive Barros dos Santos levou em consideração o fato de que não há, no momento, nenhuma solução que possibilite às distribuidoras honrar seus compromissos no mercado de curto prazo. O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, reconheceu que seria “desejável” que o pagamento não fosse adiado, mas disse que essa alternativa não era possível. Segundo ele, havia um risco de inadimplência muito forte, uma vez que as distribuidoras não têm margem, em sua geração de caixa, que permita arcar com despesas desse patamar. “Ainda que não seja a solução desejável, é a menos ruim”, disse.