A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a firmar contratos semanais com agentes autorizados a fazer operações de importação e exportação de energia para Argentina e Uruguai. Até então, independentemente do tempo de intercâmbio, esses contratos só poderiam ser firmados uma vez por mês. Ou seja, mesmo que a troca de eletricidade durasse apenas um dia, nenhum outro contrato poderia ser realizado no mesmo mês.

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Na prática, agora poderão ser assinados até cinco contratos mensais de intercâmbio de energia com agentes dos dois países vizinhos, em casos de meses com cinco semanas. A medida aprovada pela Aneel vale até junho de 2015 e atende a um pleito da Petrobras, que tem interesse comercial em fornecer gás natural para usinas térmicas localizadas na Argentina.

Além disso, a Aneel aprovou uma alteração no pagamento pelo uso das redes de transmissão entre Brasil e os dois países vizinhos. Antes, independentemente da quantidade de energia trocada entre os países, a remuneração das redes transmissoras era fixa, paga sempre quando havia qualquer intercâmbio. A partir de agora, o pagamento dependerá do volume de eletricidade que trafegar pela rede em cada ocasião.

No dia 20 de janeiro, foram importados quase 2 mil MW de energia da Argentina para suportar a escalada do consumo no horário de pico. Segundo relatório do ONS, naquele dia, foram importados, em média, 165 MW durante todo o dia, sendo 998 MW no pico de consumo, às 14h48. A última vez que o País havia comprado energia do exterior foi em dezembro de 2010 – a energia serviu para cobrir problemas pontuais de geração, sobretudo na Região Sul.

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