O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, admitiu a possibilidade de uma ajuda adicional às distribuidoras, para cobrir a exposição remanescente após o leilão A-0, realizado há cerca de duas semanas. “Se for preciso complementar em alguma medida aquele valor (do empréstimo de R$ 11,2 bilhões obtido junto aos bancos), que imaginamos que seja um valor muito pequeno, será oportunamente discutido”, disse.

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Ele não revelou qual o custo com a exposição residual o governo trabalha, mas disse que deve ser um valor “muito baixo”, porque “boa parte do problema foi resolvido com o leilão A-0”, que comercializou energia para fornecimento por cinco anos, a partir deste mês de maio. Segundo estimativa das distribuidoras, restou uma exposição ao mercado de curto prazo (spot) da ordem de 350 MW médios.

Conforme informou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, na semana passada, a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) já elaborou um novo pedido ao governo de ajuda de mais R$ 7,2 bilhões para que as empresas do setor consigam honrar seus compromissos entre maio e dezembro de 2014, o que elevaria o socorro a R$ 18,4 bilhões este ano. A conta inclui não só a exposição residual ao mercado à vista (com custo estimado de R$ 1 bilhão), como também o custo do próprio leilão A-0 para as empresas que só terão novo reajuste em 2015 (R$ 1,2 bilhão), a estimativa de gasto com térmicas até o fim do ano (R$ 1,5 bilhão); e ainda a projeção de custo hidrológico dos geradores, que agora é pago pelos consumidores (R$ 3,5 bilhões).

Rufino sinalizou que o governo não considera o valor de R$ 7 bilhões de custo adicional. Ele, porém, falava da exposição remanescente ao mercado de curto prazo e não ficou claro se o governo não admite a possibilidade de ajudar as distribuidoras com outros custos.

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Segundo o diretor da Aneel, o empréstimo de R$ 11,2 bilhões deve cobrir o rombo nas contas das distribuidoras até abril.

Questionado se o governo também estaria estudando uma ajuda às geradoras, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, acrescentou que “o governo está sempre disposto a ajudar tanto as geradoras como as distribuidoras e as transmissoras, desde que isso seja necessário”. Segundo ele, o governo avalia o setor permanentemente, mas não encontra neste momento razões para fazer isso.

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