O mercado de renda variável não chega a estar fechado para oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), mas não se veem janelas antes de setembro, disse a diretora da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), Carolina Lacerda, em teleconferência com a imprensa para comentar sobre os boletim da associação com números do mercado de março. “As empresas precisam de dois a três meses para se preparem para uma operação de IPO e não estamos vendo companhias se movimentando nesse sentido para uma eventual janela em junho”, disse.

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“Acho que uma janela factível é setembro, depois do feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos”, afirmou. Carolina disse ainda que dezembro seria uma outra janela possível, passadas as eleições. Segundo a diretora da Anbima, os potenciais emissores não têm se sentido confortáveis em se direcionar ao mercado de ações, tendo em vista que os preços são ditados pelo mercado. “Há preocupação grande em relação aos preços”, afirmou.

De acordo com Carolina, o primeiro trimestre deste ano foi de muita incerteza quando ao cenário econômico e de volatilidade, o que trouxe vários questionamentos, incluindo relacionados às eleições. Ela citou também as incertezas quanto ao consumo de energia elétrica e de água, com potencial de promover gargalos para vários setores da economia. Ela destacou ainda que este é o primeiro ano em que não há o que comentar sobre o primeiro trimestre no mercado de renda variável.

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