As captações com perfil de mais curto prazo pelas empresas tendem a se mater como destaque no segundo semestre deste ano, afirmou nesta terça-feira, 15, a diretora da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Carolina Lacerda. “Só a empresa que precisa de capital de giro ou algum compromisso imediato irá emitir e deixar os investimentos grandes para frente”, disse. Exatamente por conta disso, lembra, as notas promissórias devem seguir se sobressaindo.
“Neste ano, as captações estão sendo relacionadas ao que acontece em relação às eleições, dependendo de pesquisa se cria uma expectativa. Eu acho que esse ano vai seguir parado, o segundo semestre pode ser um pouco melhor, mas ainda de muita cautela”, disse.
Carolina lembra, ainda, que além do cenário político que envolve o País neste ano, os emissores estão preferindo adiar as suas operações, aguardando uma queda das taxas de juros, já que a Selic atual acaba encarecendo a emissão. A percepção é de que 2015 seja mais positivo que 2014, dissipadas as preocupações políticas, por exemplo.
Em relação às captações externas, Carolina lembra que o ritmo deverá se manter no segundo semestre do ano, mas destaca que esse mercado é mais acessado pelas empresas de grande porte.