O conselho diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou hoje a proposta para a criação de um novo tipo de prestador de telefonia celular, conhecido como operador virtual. A proposta ficará em consulta pública por três meses a partir de 22 de dezembro.
O operador virtual vai contratar a capacidade de tráfego das ligações telefônicas das grandes empresas de telefonia no atacado e vender os serviços de celular no varejo. Esse novo sistema deve atrair a atenção de pequenas empresas que atuam em nichos de mercado e grandes varejistas, que queiram fidelizar seus clientes. Depois da consulta pública, as sugestões de mudança na proposta serão analisadas pela área técnica e o assunto voltará a ser apreciado pelo conselho diretor antes de entrar em vigor.
Pela proposta da área técnica, antecipada pela Agência Estado no início de novembro, serão dois modelos de operador virtual. Pelo primeiro modelo, o operador virtual seria mais vinculado à empresa de telefonia, podendo usar, além das redes, outras estruturas, como faturamento e call center. Neste caso, o celular acrescenta valor, mas não é o negócio principal da empresa.
Já no segundo modelo, o operador virtual recebe uma autorização da Anatel e tem funções semelhantes às de uma operadora convencional, tendo que cumprir, inclusive, obrigações definidas pela agência. Este modelo deverá interessar mais a pequenos investidores, que alugarão as frequências das grandes operadoras para atender a nichos de mercado, como uma empresa ou locais no interior do País.