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Brasília (AE) – A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) poderá ficar sem comando até terça-feira, quando deverá ser publicado no Diário Oficial da União o nome do sucessor do último presidente da entidade, Pedro Jaime Ziller, cujo mandato terminou anteontem (6). O sucessor de Ziller deverá ser definido somente na segunda-feira, em reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das Comunicações, Eunício Oliveira.

Diferentemente do que ocorre em outros órgãos públicos, onde há sempre alguém reconhecido por todos para substituir o titular, na Anatel não se sabe ao certo quem seria essa pessoa. A assessoria do órgão não soube responder quem estava assinando os papéis em nome da agência e o Ministério das Comunicações também não esclareceu a questão.

Alguns funcionários acreditam que Ziller continuaria com autoridade legal para garantir a continuidade administrativa do órgão. Outros acham que quem estaria investido da autoridade de representar a agência seria o vice-presidente, Elifas Gurgel do Amaral, que em dezembro foi indicado pelo Conselho Diretor para essa tarefa. Mas alguns argumentam que a posição de Elifas está prejudicada porque Eunício Oliveira não publicou uma portaria formalizando sua indicação como vice-presidente. Os vice-presidentes anteriores tiveram seus nomes formalizados pelos ministros.

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Uma situação parecida ocorreu em dezembro na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Mas, no dia seguinte ao término do mandato do diretor-geral, José Mário Abdo, o Diário Oficial publicou um decreto designando um diretor para assumir interinamente o cargo, até a posse do novo diretor-geral Jerson Kelman. Mas a diretoria da Aneel estava preparada para um eventual atraso na decisão do governo e nessa hipótese iria indicar, por iniciativa própria, um substituto para Abdo.

Anteontem, o ministro das Comunicações não demonstrava preocupação com a situação, já que não haveria reunião do conselho diretor da agência. Eunício tinha a intenção de escolher ainda ontem mesmo o substituo definitivo para Ziller e não descartava a recondução dele ao cargo.

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