Brasília – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação das famílias com renda até 40 salários mínimos, deve fechar o ano em 4,44%, de acordo com a expectativa média de uma centena de analistas de mercado e de instituições financeiras consultados pelo Banco Central na última sexta-feira (1º). A projeção permanece abaixo do centro da meta de 4,5%, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2008.
A estimativa consta do boletim Focus, divulgado há pouco pelo BC, e traz perspectiva estável em relação aos 4,45% da pesquisa realizada na semana anterior. De acordo com os analistas consultados, o IPCA de janeiro deve ser mesmo de 0,60% e manteve-se a expectativa de 0,53% para a inflação de fevereiro. Já o IPCA dos próximos 12 meses deve cair de 4,35% para 4,30%.
A Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe) da Universidade de São Paulo (USP) calcula um Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de 4,12% no ano. O IPC se refere ao comércio varejista na capital paulista.
Os preços que têm contribuído mais para ?segurar? a inflação são os administrados ou monitorados por contratos ? combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, educação, água, saneamento, transporte coletivo urbano e outros. Segundo o boletim Focus, esses preços, que representam quase um terço na composição do IPCA, devem fechar 2008 em 3,70%, com possibilidade de chegar a 4% no ano que vem.
Em contrapartida, os preços no atacado pressionam a inflação para cima, de acordo com os dois índices pesquisados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A projeção anual para o Índice Geral de Preços ? Disponibilidade Interna (IGP-DI) aumentou de 4,79% para 4,90% na comparação semanal, período em que o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) evoluiu de 4,85% para 5,04%.
