Brasília (ABr) – A reunião mensal que o Comitê de Política Monetária (Copom) realizará hoje e amanhã pode elevar de 18,75% para 19,25% ao ano a taxa básica de juros (Selic). A estimativa é dos analistas de mercado e instituições financeiras ouvidos pelo Banco Central na última sexta-feira sobre a tendência dos principais indicadores da economia.

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Os entrevistados acham, porém, que esse poderá ser o último aumento do processo de ajuste monetário iniciado em setembro do ano passado. A expectativa é de que a taxa permaneça por mais alguns meses nesse patamar, com possibilidade de queda gradativa no segundo semestre, de modo a encerrar o ano em 17%. A perspectiva para a taxa de juro anual em 2006, por sua vez, foi mantida em 15%.

O Boletim Focus – divulgado semanalmente pelo Banco Central – aumentou de US$ 27,09 bilhões para US$ 27,70 bilhões a projeção para o saldo da balança comercial deste ano, o que proporciona elevação do superávit calculado para transações correntes com o exterior, passando de US$ 4 bilhões, na semana passada, para US$ 4,15 bilhões. Comportamento que se reflete de forma positiva também no saldo de transações correntes do ano que vem, com previsão de US$ 0,65 milhão, contra os US$ 0,53 milhão na pesquisa anterior.

Os analistas pesquisados pelo BC acreditam que haverá melhor crescimento também da produção industrial, e elevaram a estimativa da semana passada, de 4,63% para 4,70% neste ano, com reflexo na elevação de 4,20% para 4,50% em 2006. Isso não se transfere, porém, para a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), cuja previsão se mantém em 3,69% neste ano; e, ao contrário, cai de 3,80% para 3,70% em 2006.

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Ainda de acordo com o Boletim Focus, a previsão de investimentos estrangeiros em atividades produtivas foi mantida em US$ 14 bilhões; o valor do dólar norte-americano no final do ano será mesmo de R$ 2,80; e a relação entre dívida líquida do setor público e PIB permanece nos mesmos 51,40% da pesquisa anterior.