A tributação da caderneta de poupança, anunciada na última semana pelo governo federal, deixou muita gente preocupada e na dúvida sobre o que fazer com suas aplicações.

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Porém, o Conselho Regional de Economia do Paraná (Corecon-PR) informa que não há motivos para que os poupadores fiquem temerosos. Para quem tem menos de R$ 50 mil investidos (sendo que a proposta de tributação é para quem tem valor superior, caso a taxa básica de juros, Selic, fique abaixo de 10,5%), a poupança continua sendo a aplicação mais segura e confiável.

“Quem tem menos de R$ 50 mil não precisa se preocupar com nada, pois tudo vai continuar do mesmo jeito”, diz o economista e conselheiro do Corecon-PR, Carlos Magno Bittencourt. “Já quem tem mais deve aguardar para ver como as coisas vão ficar, sendo que as mudanças ainda dependem de aprovação no Congresso Nacional e devem entrar em vigor apenas em 2010. Como o governo vem sinalizando queda nas taxas de juros no Brasil, mesmo com a tributação talvez valha a pena continuar aplicando na poupança.”

Atualmente, a Selic está em 10,25%. A estimativa é de que ela feche o ano entre 8,5% e 9%. A poupança ostenta remuneração fixa de 0,5% ao mês (acima da inflação de 4,0% prevista para os próximos doze meses), acrescida de uma parte variável baseada na taxa referencial de juros (TR).

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“No passado, as outras aplicações sempre superaram a rentabilidade da poupança. Porém, hoje, ela se mostra bastante vantajosa. Outros fundos de investimento costumam exigir um valor mínimo e só valem a pena quando têm taxa de administração inferior a 1,5% ao ano, sendo que os bancos chegam a cobrar 4% ao ano”, afirma Carlos.

A proposta do governo federal prevê que a tributação seja aplicada a cerca de 894 mil pessoas, que representam 1% das contas de poupança ativas no Brasil. Somados, estes poupadores detêm, sozinhos, 40,8% de todo o montante de depósitos das cadernetas, estimado em R$ 110,5 bilhões de R$ 270,7 bilhões.

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