Sinara Polycarpo ficou conhecida no noticiário econômico em 2014 depois de enviar uma carta aos clientes do Santander, banco em que trabalhava na época, alertando sobre os riscos de mercado com a reeleição de Dilma Rousseff. O relatório custou o emprego da executiva, então diretora da Superintedência de Consultria de Investimentos. Ela foi funcionária do banco por oito anos.
A assertividade das suas análises não foi a única resposta à ex-funcionária do Santander. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região de São Paulo deu ganho de causa à Sinara na ação movida contra o Santander pela demissão sem justa causa. A indenização vai custar ao banco R$ 450 mil. A decisão foi assinada pela juíza Lucia Toledo Rodrigues. A decisão foi tomada em 1.ª instância e o banco ainda pode recorrer.
De acordo com o despacho da juíza, que indeferiu o pedido por danos morais, mas acatou os argumentos por danos materiais, a indenização deve cobrir recebimentos de horas extras, reconhecimento de bônus, desvio de função e honorários advocatícios, requeridos pela analista.
O Santander negou na ação que a demissão de Sinara Polycarpo tenha tido cunho político e afirmou que a demissão ocorreu porque a ex-funcionária violou norma de conduta do banco ao não ter revisado um texto de análise financeira elaborado por uma de suas subordinadas, evitando assim “publicações com conotações político partidárias”.