O crescimento de 20% das exportações no primeiro semestre de 2007 (US$ 73,2 bilhões), na comparação com o mesmo período do ano passado, acontece pelo quinto ano seguido. Enquanto isso, as importações, que somaram US$ 52,6 bilhões e avançaram 26,6% sobre os seis primeiros meses de 2006, chegam ao quarto ano com variação positiva de pelo menos 20%. A análise é do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), que destaca ainda o crescimento pelo terceiro ano seguido acima dos US$ 20 bilhões do saldo comercial.

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"São números extraordinários que combinam efeitos dinamizadores internos e externos", afirma o Iedi. Segundo o instituto, as grandes empresas brasileiras vêm se posicionando mais agressivamente em sua inserção nos fluxos de exportação, principalmente após a desvalorização cambial de 2002, "a qual conferiu uma importante competitividade adicional ao produto de exportação brasileiro". Além disso, o Iedi destaca o crescimento da economia chinesa, paralelamente à expansão da economia mundial, que elevou fortemente os preços de commodities.

"Houve uma elevada expansão das exportações mesmo quando o atrativo cambial retrocedeu entre os anos de 2005 e 2007. Isso foi fundamental para sustentar níveis elevados de saldo comercial, o que, por seu turno, permitiu que o Brasil completasse o seu ajuste externo e removesse a vulnerabilidade externa que o acompanhava desde os anos 1990", explica.

Para o Iedi, do lado das importações, os fatores preponderantes de sua alta dinâmica foram internos, especialmente o efeito câmbio, que barateou sobremaneira o produto importado. "O dinamismo importador sobrepujou o das exportações nos primeiros semestres do período 2005/2007.

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Segundo o instituto, persistindo a tendência de uma evolução maior das importações com relação às vendas externas, o saldo comercial deve declinar. "Mas, mesmo que isso ocorra já em 2007, as estimativas ainda são de manutenção de um elevado resultado comercial", completa.