Uma vez mais, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, insistiu nesta terça-feira (28) que, à luz da crise financeira gerada no mercado imobiliário dos Estados Unidos, a conclusão da Rodada Doha tornou-se imprescindível. Otimista, o ministro declarou que está "absolutamente certo" da conclusão da Rodada, embora não possa oferecer nenhuma estimativa de prazo. "Tenho a convicção de que vai fechar. Mas se será em dois meses, três meses, ou em um ano, eu não sei", afirmou.

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Amorim declarou, no seminário "Política do Comércio Exterior Brasileiro", promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que é possível a definição de parâmetros comuns para as economias em desenvolvimento sobre a abertura do setor industrial nesta "reta final" da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Conforme explicou, seria difícil obter o consenso entre esses países sobre o corte das tarifas industriais a ser oferecido, por conta dos diferentes graus de desenvolvimento do setor. Mas as propostas dos diferentes grupos são compatíveis entre si e podem ser harmonizadas. Para ele, "nunca", em outro processo de negociação da OMC, o Brasil e outras economias em desenvolvimento tiveram papel tão decisivo nas negociações como na Rodada Doha.

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