Brasília – O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, esteve ontem (29) em Caracas, na Venezuela, onde se reuniu  com o presidente Hugo Chávez. No encontro de duas horas e meia, os dois conversaram sobre comércio, cooperação na área de energia entre a Petrobras e Petróleos de Venezuela Sociedad Anónima (PDVSA) e o processo de adesão da Venezuela ao Mercosul, que ainda depende da aprovação do Congresso Brasileiro.

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Chávez havia criticado o Congresso brasileiro pela demora, o que gerou reações dos parlamentares. ?Nessas coisas a gente tem que se deter à essência. Sempre surgem ruídos, más interpretações, coisas que são ditas num contexto e entendidas em outro. Nós temos que trabalhar com a essência. Essência é que o Brasil e Venezuela estão desenvolvendo muito seu comércio. Brasil este ano deve exportar U$ 4 bilhões para a Venezuela. A Venezuela será um parceiro para o Brasil comercialmente  mais importante do que a Inglaterra, a  França e a Itália. Provavelmente, será o principal mercado  para  produtos brasileiros na América Latina depois  da Argentina. Só isso já é uma grande razão para termos interesse grande?, explicou Amorim, após deixar o Palácio Miraflores.

O chanceler brasileiro disse ainda que já manifestou ao Congresso brasileiro o desejo de ver o processo concluído o quanto antes. Celso Amorim disse esperar que o Congresso aprove a entrada da Venezuela no Mercosul ainda este ano.

?Eu não tenho bola de cristal, sobretudo quando se trata do Congresso brasileiro, que é soberano, que delibera de  maneira livre, de acordo com sues critérios.  Mas eu tenho a expectativa de que sim, é possível. Não posso ter essa certeza absoluta, mas tenho essa expectativa?, disse.

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