A forte alta nos preços dos imóveis em São Paulo está impactando diretamente os aluguéis da capital. O problema principal enfrentado pelos inquilinos é a renovação dos contratos, quando as imobiliárias propõem valores até 150% mais altos que os pagos antes do vencimento do documento. Em compensação, a rentabilidade para os locadores é das melhores dos últimos anos.
Segundo dados do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP), ao menos 50% das novas locações são de imóveis devolvidos pelos antigos locatários. “É um momento péssimo para quem vive de aluguel, mas ótimo para quem investe em imóveis”, diz José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP. “Os aluguéis estão cada dia mais altos e vai continuar assim”, completa.
Apartamentos de um ou dois dormitórios são os que têm tido maior valorização no aluguel. “A demanda é muito grande”, diz Roseli Hernandes, diretora da administradora de imóveis Lello. Empresas como a Lello acumulam longuíssimas listas de espera em alguns bairros da cidade com gente interessada em imóveis desse porte.
Com algumas ligações para imobiliárias que atendem a capital paulista é fácil detectar o aumento expressivo nos preços aos locatários, assim como a falta de imóveis de menor porte disponíveis. Há dois anos, era comum encontrar na região da Avenida Paulista apartamentos de até dois dormitórios e sem vaga na garagem com aluguéis próximos a R$ 900. Hoje, imóvel similar custa ao menos R$ 1,8 mil por mês. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.