O executivo chefe da Altice, Dexter Goei, afirmou, ontem, durante conferência com analistas, que não considera que a proposta entregue pelos fundos Apax e Bain para comprar os ativos da Portugal Telecom (PT) em Portugal seja concorrente com a oferta feita por sua companhia, de acordo com o jornal português ‘económico’.
“A oferta da Apax ainda está dependente de ‘due dilligence’ (auditoria) e de aprovação interna. Não achamos que seja realmente uma oferta concorrente”, afirmou o executivo. “Ficará mais claro nos próximos dias ou semanas como a questão se desenvolve e o que os acionistas portugueses e brasileiros decidem fazer”, disse.
A Altice ofereceu 7,025 bilhões em proposta firme pelos ativos portugueses da Oi, com pagamento diferidos de 800 milhões. Já os fundos Apax e Bain Capital oferecem 50 milhões a mais ( 7,075 bilhões), com pagamentos diferidos, mas não têm financiamento garantido e depende de autorizações internas para deixar a proposta firme.
Os comentários de Goei foram feitos após a divulgação dos resultados trimestrais da empresa, que teve queda de 0,3% na receita para 832 milhões nos três meses até setembro, ante mesmo período do ano passado.
Ontem, a durante reunião do conselho de administração da PT SGPS, que engloba os ativos não operacionais da Portugal Telecom, com a dívida de 897 milhões e 25,6% na Oi, a venda da PT Portugal não foi discutida, segundo fontes ouvidas pelo jornal “Económico”. Os acionistas brasileiros da Oi, contudo, entregaram ao conselho de administração da PT Portugal “informação relativa à venda da PT Portugal e ao processo de consolidação no setor das telecomunicações no Brasil”, de acordo com fonte PT SGPS.