O volume de ativos sob gestão de recursos de investidores private em fundos imobiliários praticamente dobrou em 2012, para R$ 7,3 bilhões, em relação aos R$ 3,8 bilhões de 2011. Somado aos R$ 32 bilhões em ativos com lastro imobiliário, o total no setor respondeu por 8% da indústria private, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
O crédito privado e os produtos relacionados à inflação estiveram entre os mais procurados no ano passado pelos investidores de alta renda, disse o vice-presidente da Anbima, Celso Scaramuzza. O interesse se deveu à queda do juro ao longo de 2012 e à busca por proteção patrimonial. No grupo, estão os fundos imobiliários, onde o volume de aplicações cresceu 232,9% entre 2010 e 2012. No caso dos fundos imobiliários, a isenção fiscal prevista no instrumento também exerceu importante atratividade.
Scaramuzza observou que os produtos relacionados à inflação carregam volatilidade e, enquanto em 2012 os fundos de renda fixa índice tiveram uma valorização média de 21,7%, “sofrem” um pouco este ano, com a perspectiva de elevação da taxa de juro.
Os fundos imobiliários, junto aos fundos de participações, foram os que mais cresceram na categoria de estruturados, com expansão de 59,6% em 2012 em relação a 2011, a maior elevação entre as aplicações da indústria.
A participação dos fundos estruturados no leque de opções de investimento dos clientes private subiu de 8% em 2011 para 10% em 2012, com um total de R$ 24,99 bilhões.
Os fundos em participações, que atendem investidores de altíssima renda e com apetite de risco mais arrojado, tiveram aumento de 49,2% nas aplicações, chegando a RS 16,2 bilhões.
Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), também na categoria dos estruturados, registraram igualmente evolução relevante em 2012, de 37,7%, para R$ 695,6 milhões.