Alta regulação reduzirá crédito, dizem bancos ingleses

Os grandes bancos que atuam no Reino Unido afirmaram que as propostas da Autoridade de Serviços Financeiros britânica (FSA, na sigla em inglês) para forçar instituições de importância sistêmica a reter mais capital restringirão o crédito e prejudicarão a atividade econômica. A FSA ainda não definiu o que exatamente é uma entidade de importância sistêmica.

“Eu sugeriria que ser penalizado com maiores requerimentos de capital e outras medidas regulatórias simplesmente por conta do tamanho é errado”, disse Antonio Horta-Osorio, executivo-chefe do Abbey National, durante uma conferência da FSA sobre como regular bancos considerados tão grandes que precisem ser impedidos de falir.

Josef Ackermann, que preside o conselho de gerenciamento do Deutsche Bank e o conselho do Instituto Internacional de Finanças, disse que os grandes bancos possuem uma posição exclusiva que lhes permite oferecer uma série de fontes de financiamento para as empresas.

“Os grandes bancos são os mais eficientes no fornecimento de serviços requisitados por companhias multinacionais – em outras palavras, as companhias que formam a rocha matriz das nossas economias”, afirmou Ackermann.

A FSA propôs também que os bancos tracem planos sobre como realizar seu próprio desmonte caso passem por dificuldades financeiras. A agência reguladora afirmou no mês passado que os bancos talvez precisem separar suas unidades de varejo das unidades de operações de maior risco caso estes planos apontem estruturas de negócio muito complexas.

Ackermann, no entanto, disse que a elaboração destas medidas seria difícil e poderia criar empresas fracas. “Estes testamentos detalhados seriam muito teóricos e levariam a estruturas corporativas ineficientes que criariam poças de capital.” As informações são da Dow Jones.

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