A alta recente do dólar se deve à “volatilidade de curtíssimo” prazo e não deverá afetar decisões de longo prazo sobre investimentos, disse nesta quinta-feira, 23, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira. Por isso, o executivo não crê que a alta do dólar afetará as perspectivas de liberações de crédito do banco.
Segundo Oliveira, os desembolsos para empréstimos já aprovados somaram cerca de R$ 33 bilhões de janeiro a julho, sendo que as consultas por pedidos de crédito e os enquadramentos de pedidos para análise subiram 4% e 18%, respectivamente.
Com isso, o BNDES mantém a expectativa de liberar de R$ 70 bilhões a R$ 80 bilhões neste ano. Ano passado, os desembolsos somaram R$ 70,751 bilhões.
Ainda sobre o dólar, Oliveira não crê que a alta recente na cotação da moeda americana vá aumentar a demanda de investidores em infraestrutura por mecanismos de proteção contra o risco cambial. Segundo o presidente do BNDES, as medidas serão adotadas, mas, pelas condições atuais, é mais vantajoso para os investidores captarem no mercado local do que no exterior.