O crescimento nas vendas do varejo em junho puxou a oferta de emprego na região metropolitana de São Paulo, aponta análise divulgada hoje pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, foram criadas 8.989 vagas formais na região metropolitana de São Paulo em junho, um incremento de 0,16% em relação ao mesmo mês do ano passado. Desse total, 3.029 foram abertas no setor comercial. “O varejo registra recuperação no nível de emprego pelo terceiro mês consecutivo”, comemorou o economista da Fecomercio Flavio Leite.
Em junho, o crescimento das vendas do varejo em São Paulo ante maio, de 5,4%, foi puxado pelos segmentos de supermercados (12,2%), comércio automotivo (14,4%) e farmácias e perfumarias (10,3%), setores de grande peso no cálculo da Pesquisa Conjuntural de Comércio Varejista da Fecomercio-SP. Apenas esses segmentos representaram 1.818 novas contratações no período. Outro setor que também registrou significativa abertura de vagas em junho foi o de lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, com a contratação de 162 novos funcionários, acumulando no ano 1.040 novos empregos com carteira assinada.
Mas alguns segmentos continuam a registrar queda nos empregos, desde o agravamento da crise financeira internacional. O setor de lojas de departamentos, por exemplo, teve em junho baixa de 1,9% no número de vagas em relação a maio. Apesar do resultado negativo, o setor não entrou no vermelho e criou 56 vagas no período. “Ainda que haja a diminuição da oferta, o comércio continua empregando”, avaliou Flavio Leite. De acordo com o economista, os dados do nível de emprego indicam que as empresas varejistas continuam otimistas quanto ao rumo de seus negócios para 2009, principalmente pela retomada do crédito e alongamento dos prazos de financiamentos.
Salários
A Fecomercio-SP também calculou o salário médio em junho do funcionário do comércio varejista, que ficou em R$ 1.274. As atividades que registraram os maiores salários foram: lojas de departamentos, concessionárias de veículos e lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, com R$ 2.265, R$ 1.708 e R$ 1.741, respectivamente. O setor de supermercados (alimentos e bebidas) teve o menor salário médio: R$ 1.075.