A elevação, no período de um ano, da taxa de desemprego de Roraima, que passou de 10,3% no primeiro trimestre de 2018 para 15,0% no primeiro trimestre deste ano, pode estar associada ao agravamento da crise social, política e econômica da Venezuela. A avaliação é do coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo.

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Segundo o pesquisador, não há dados suficientes para estabelecer a correlação entre o aumento da imigração de venezuelanos para Roraima e o aumento do desemprego, mas não houve movimentos de alta tão aguda em outros Estados.

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Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) Trimestral, divulgados mais cedo, mostram que a elevação da taxa de desemprego de 4,7 pontos porcentuais em um ano em Roraima foi a maior entre todos os Estados. A segunda maior alta, no Acre, foi de 3,6 pontos.

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Por outro lado, Azeredo lembrou que os dados do primeiro trimestre da Pnad Contínua, tanto na ótica mensal (divulgada mês passado) quanto na ótica trimestral (divulgada hoje), passaram a incorporar a Projeção da População do Brasil e das Unidades da Federação Revisão 2018, que tende a captar o aumento da população em Roraima por causa da migração da Venezuela.

Além disso, os impactos da crise da Venezuela sobre a atividade econômica em Roraima podem ter levado a um aumento no desemprego por lá, afirmou Azeredo.