Rio de Janeiro – A previsão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é que a inflação seja menor nos próximos meses. "Os alimentos devem continuar pressionando a inflação em setembro, mas vão começar a subir menos", avalia a chefe da Coordenação Nacional de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes.

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"A situação atual não mostra uma continuidade para os últimos meses do ano, mas reflete um quadro muito diferente do mês passado, quando os alimentos não ofereceram risco à inflação. Eles ainda são uma incógnita".

Eulina Nunes lembrou que a inflação registrada em agosto acabou sendo maior que a do mês anterior impulsionada também pela redução de 12,66% no valor da energia elétrica em São Paulo. E a previsão é que alguns produtos contribuam para a redução da inflação. "Tanto em setembro, quanto em outubro haverá o benefício de taxas menores, ou até negativas, para as tarifas de telefones fixos, devido à conversão de pulsos para minutos, que irá favorecer algumas regiões metropolitanas", avaliou.

Neste ano, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é de 2,8%. O resultado está acima do índice acumulado no mesmo período do ano passado: 1,78%. O IPCA é usado pelo governo federal como índice oficial da inflação. A coleta de preços é feita pelo IBGE em nove regiões metropolitanas do país, além de Goiânia e Brasília. A pesquisa se refere às famílias com renda mensal de um a 40 salários mínimos.

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