A alta de 1,22% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro confirma o “clima adverso” para a economia brasileira neste ano e a “complexidade” do quadro inflacionário, avaliou nesta sexta-feira, 6, a Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ). Diante desse cenário, a visão da entidade é de que o controle fiscal e a retomada do avanço da produtividade terão um papel ainda mais relevante na recolocação do País em trajetória de crescimento.

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“A leitura do IPCA em fevereiro confirma o clima adverso para a economia doméstica em 2015 e a complexidade do cenário de inflação”, destacou a Fecomércio-RJ, em nota. “Considerando as limitações da elevação dos juros sobre grande parte dos preços em alta e os efeitos derivados do encarecimento de itens básicos na cadeia produtiva – notadamente combustíveis e energia -, cresce o peso do controle fiscal e de reformas em prol da produtividade para a reversão futura do quadro.”

A instituição atentou ainda para o aumento de preços nos primeiros meses do ano, acumulado em 2,48%, ter sido o dobro do verificado em igual período de 2014, graças a pressões de tarifas de energia elétrica e combustíveis, principalmente. E o impacto desses ajustes, prevê a Fecomércio-RJ, não acabou.

Nos cálculos da entidade, apenas a revisão extraordinária da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com aumento médio de 23,4% no País, terá um impacto de 0,8 ponto porcentual no IPCA de março. No Rio, o aumento de 22,5% terá um impacto de 0,9 ponto porcentual na inflação da região metropolitana. “Isso sem falar no efeito indireto a incidir nas próximas leituras de preços, pela influência que o item exerce nos mais diversos setores da economia”, destacou.

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