Rio

  – A primeira prévia da inflação de novembro medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) ficou em 2,31%, a mais alta desde agosto de 1994, quando chegou a 7,58%. Segundo o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Salomão Quadros, o IGP-M está ganhando impulso a cada mês, tendo passado de 1,13% na primeira prévia de setembro para 1,57% na primeira prévia de outubro e daí para 2,31% na primeira prévia de novembro.

Essa aceleração tem ocorrido também no Índice de Preços por Atacado (IPA), no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e no Índice Nacional do Custo da Construção (INCC) do IGP-M nesses períodos. O IPA subiu de 2,17% na primeira prévia de outubro para 2,94% na primeira prévia de novembro (a maior alta desde agosto de 1994); o IPC subiu de 0,49% na primeira prévia de outubro para 1,22% na primeira de novembro; e o INCC subiu de 0 66% na primeira prévia de outubro para 1,03% na primeira de novembro. “A aceleração no IPC se deu em todos os grupos de despesa e apenas dois, de sete grupos, tiveram a variação iniciada em zero; a maioria começou em 1% e o grupo de alimentação subiu 2,19%”, destacou. Quadros observou que o grupo alimentação, no atacado, subiu 6,82%. A alta na primeira prévia de outubro, para este grupo, tinha sido de apenas 2,52%. Os produtos agrícolas no atacado subiram 5,63% e os produtos industriais, 1,83%, na primeira prévia.

No varejo, o grupo de maior alta foi o de alimentação, que subiu de 0,80% na primeira prévia de outubro para 2,19% na de novembro. O grupo de vestuário, que estava negativo em 0,64% na primeira prévia de outubro, passou para uma alta de 1,70%. Outro grupo que teve grande variação foi o de despesas diversas, que passou de 0,68% na primeira prévia de outubro para 1,96%. No atacado, o grupo de bens de consumo subiu de 1,91% na primeira prévia de outubro para 3,97%. O grupo de bens de produção passou de 2,31% para 2,40%.

O economista ressaltou, no entanto, que o grupo de matérias-primas brutas subiu 3,34% no atacado, mostrando redução em relação a outubro, quando a alta tinha sido de 4,34%. Segundo ele, isso pode estar mostrando que a influência da alta do dólar nas matérias-primas brutas está acabando, embora o repasse para outros produtos dentro do atacado e do varejo possa estar crescendo.

continua após a publicidade

continua após a publicidade