O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, admitiu nesta quarta-feira, 23, que a alta do dólar tem tido um impacto significativo no endividamento da Petrobras e é um grande desafio que a empresa terá que enfrentar. Por outro lado, ele disse esperar que a cotação da moeda americana se acomode nas próximas semanas devido ao sucesso do governo em votações no Congresso Nacional.

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“A Petrobras tem um desafio maior que outras empresas, como as de energia, porque o seu endividamento está atrelado ao dólar. Mas confiamos em uma acomodação da moeda devido às votações no Congresso. A maioria dos vetos foi mantida ontem (terça-feira) e essa é uma sinalização positiva para o mercado”, avaliou o ministro.

Braga lembrou que a alta do dólar é ainda mais prejudicial à Petrobras porque ocorre em um momento no qual o preço do barril de petróleo está reduzido, abaixo dos US$ 50,00. “É um desafio, mas a curva de produção da Petrobras está robusta. Além disso, há um certo ganho com o dólar porque estamos conseguindo exportar gasolina graças ao aumento da produção de etanol e à queda na demanda interna dos combustíveis”, concluiu.

O ministro Braga tinha um encontro marcado às 11 horas com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mas foi chamado para uma reunião no Palácio do Planalto com a presidente Dilma Rousseff. Oficialmente, o encontro entre os dois ministros está mantido, mas Levy ainda cumpre uma agenda na sede da OAB em Brasília.

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