Os preços dos combustíveis, que seguem estáveis em Curitiba há mais de três meses – com média de R$ 1,39 o litro do álcool e R$ 2,49 o da gasolina comum – podem sofrer aumento nos próximos dias. O alerta é do presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis no Paraná (Sindicombustíveis-PR), Roberto Fregonese. Segundo ele, na última sexta-feira houve aumento de R$ 0,15 no litro do álcool para os revendedores, e esse reajuste deve ser repassado aos consumidores.
?Como a gasolina contém em sua composição 25% de álcool, a gasolina também acaba sendo afetada. Neste caso em cerca de R$ 0,08 por litro?, comentou. ?Como trabalhamos num mercado livre, o preço final é definido de acordo com os custos de cada empresário?, enfatizou Fregonese.
Para justificar a alta, o sindicato divulgou trechos do informativo de mercado divulgado ontem pela Bolsa de Valores. ?Embora as projeções indiquem que há grandes estoques disponíveis para o período de entressafra, momentaneamente a disponibilidade continua muito reduzida. Como os preços vêm subindo de forma rápida, grande parte das usinas continuam ausentes do mercado, aguardando que os preços se valorizem ainda mais.? Num prazo imediato ou de curtíssimo prazo, diz o informativo, não se vislumbra horizonte diferente senão a de que os preços continuarão em alta.
Conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio da gasolina no Paraná, em outubro, era R$ 2,459, a 14.º mais cara do País. Em Curitiba, o preço médio foi de R$ 2,471. Com relação ao álcool combustível, no Paraná o preço médio ficou em R$ 1,336 – o terceiro menor do País – e, em Curitiba, R$ 1,376.
São Paulo
Apesar de um aumento de 8,13% nas destilarias, na semana passada, o preço do litro do álcool hidratado, utilizado nos veículos a álcool e nos flex fuel, foi reajustado em até 18,18% aos consumidores do Estado de São Paulo esta semana. Ontem, os postos de Ribeirão Preto, no interior do estado paulista, reajustaram o preço do litro do combustível de R$ 1,10 para R$ 1,30.
No início da semana, em Campinas, os preços saltaram 10%, de R$ 1 para R$ 1,10. Em São José do Rio Preto subiram 17%, para R$ 1,17 e, em Araçatuba, onde os reajustes já ocorrem há mais de uma semana, o preço ainda está entre R$ 1,18 e R$ 1,20.
