A elevação na taxa de desemprego, de uma pesquisa para outra é “natural”, afirmou o ministro do Trabalho, Manoel Dias, mas o índice de 7,4% não diminui a sensação de bem-estar vivida pelo trabalhador brasileiro. “Aumentou a amplitude da pesquisa, com mais regiões incorporadas. Então, é natural que haja um acréscimo no número de desempregados, como também no número de pessoal empregado”, afirmou. “Não tenho dúvidas que o mercado de trabalho brasileiro vive uma situação excepcional.”

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O ministro informou que o último dado dE 2013 do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), referente a dezembro, será divulgado na terça-feira. Entre janeiro e novembro, houve geração líquida de 1,5 milhão de empregos com carteira assinada. Haverá queda em dezembro, como ocorre todos os anos, mas o ministro do Trabalho garantiu que o saldo final de 2013 será “superior a 1 milhão de empregos criados”. “A nova Pnad, quando analisada pelo nosso pessoal técnico, será um importante instrumento para formulação de políticas públicas do trabalho.”

Oposição

Para o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), o novo índice de desemprego “não é uma taxa para se criticar, mas a perspectiva da economia está travada e, com a ausência de investimentos e a diminuição da produção, a tendência é o desemprego aumentar, 2015 será um ano duríssimo seja quem for o presidente”, assinalou.

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O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), afirmou que “o pleno emprego não é uma realidade”, como dizia a equipe econômica da presidente Dilma Rousseff. “O IBGE divulga um número bem diferente do que o governo propagandeia. Indicativos que temos são de notícias nada boas, não só no ano passado, como nos últimos três anos.”

Estrutura

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Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse que as diferentes taxas de desocupação nas cinco regiões do País na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua são características do mapa do emprego no País. “As diferenças regionais fazem parte da estrutura do mercado de trabalho brasileiro.”

A ministra destacou que a tendência apresentada pela Pnad Contínua é bastante semelhante àquela verificada pela Pesquisa Mensal do Emprego(PME), que até então era o indicador de mercado de trabalho do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Se você pegar as taxas de Recife e Salvador na PME em relação a Porto Alegre, a diferença também é muito grande”, disse Miriam, destacando que, na Pnad Contínua, a mesma discrepância é observada entre as taxas de desocupação do Nordeste (10%) e do Sul (4,3%) no segundo trimestre de 2013. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.