Alta de indicador antecedente sugere estagnação em piora de expectativas, diz FGV

A segunda alta consecutiva mensal do Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE) para o Brasil, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e do Conference Board, pode indicar que há uma estagnação do processo de deterioração de expectativas para a situação macroeconômica do País. Para o coordenador do IPC Brasil do Ibre/FGV, Paulo Picchetti, uma efetiva reversão do cenário atual, entretanto, ainda está longe de acontecer.

O IACE possui quatro componentes de expectativa, dentre eles, os índices de Expectativas das Sondagens de Serviços, da Indústria e do Consumidor, que tiveram alta no mês passado. “Ainda não é garantia de que chegamos ao final do poço, porque estamos em níveis muito baixos das séries históricas de vários indicadores. Mas, pelo menos, a percepção é de que a expectativa é ‘não dá para piorar mais'”, disse.

Picchetti informou que os componentes como o Ibovespa, a produção de bens de capital duráveis e o quantum de exportações estão pressionando o indicador. “No caso do quantum, só mostra o quanto o comércio mundial está se recuperando de forma lenta”, ressaltou.

Já o comportamento do Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE), que mede as condições econômicas atuais, que recuou 0,2% em janeiro, interrompendo dois meses anteriores de aumento, reforça que a situação ainda é de retração econômica. “Precisamos observar se não houve oscilação pontual negativa, ou mesmo as oscilações positivas dos meses anteriores”, disse.

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