A energia elétrica ficou 13,02% mais cara em abril, figurando como o maior impacto individual sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15). O item respondeu por 0,45 ponto porcentual da taxa de 1,07% registrada na prévia da inflação oficial, anunciada nesta sexta-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A forte elevação refletiu reajustes que passaram a vigorar a partir do dia 02 de março, tanto na bandeira tarifária vigente (vermelha) – que aumentou 83,33%, ao passar de R$ 3,00 para R$ 5,50 – quanto nas tarifas, com a ocorrência de reajustes extraordinários, explicou o IBGE. Em determinadas regiões, o avanço das tarifas superou a taxa média nacional, como em Curitiba (20,17%), Rio de Janeiro (16,81%), Goiânia (15,59%), Belo Horizonte (14,28%) e Brasília (14,03%).
O aumento da energia contribuiu para o grupo Habitação ganhar força no IPCA-15 de abril. A alta foi de 3,66%, contra avanço de 2,78% no mês passado. Diante do resultado, a Habitação adicionou 0,55 ponto porcentual ao índice geral.
Além da energia, outros itens pressionaram o grupo, com destaque para taxa de água e esgoto (1,05%), artigos de limpeza (0,93%), condomínio (0,87%), gás de botijão (0,82%), aluguel residencial (0,74%), mão de obra pequenos reparos ( 0,74%).
Alimentação e bebidas
O grupo Alimentação e Bebidas avançou 1,04% em abril, menos do que em março, quando a alta foi de 1,22% no âmbito do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15). Mesmo assim, o grupo teve o segundo maior impacto sobre a inflação, adicionando 0,26 ponto porcentual à elevação de 1,07% neste mês, anunciada nesta sexta-feira pelo Instituto IBGE.
Segundo o órgão, foram destaque os aumentos nos preços de cebola (6,72%), alho (6,61%), ovos (5,49%), leite (4,96%), tomate (4,28%) e óleo de soja (3,68%).
Considerando as regiões pesquisadas, os preços de alimentos avançaram em maior ritmo em Curitiba (1,64%), enquanto a alta mais branda foi verificada em Goiânia (0,37%).
Alta
A alta de 1,07% no IPCA-15 em abril é a maior para o mês desde 2003. Naquele ano, o índice do quarto mês havia subido 1,14%, de acordo com o IBGE.
A taxa em 12 meses também bateu um recorde. O avanço de 8,22% até abril é o maior desde janeiro de 2004 (8,46%), segundo o órgão.