O presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes de Veículos Automotores (Sindipeças), Paulo Butori, afirmou nesta quarta-feira, 25, que, se for confirmado o aumento da alíquota sobre o aço importado, medida que vem sendo estudada pela equipe econômica, o governo estará protegendo um setor que “não tem volume” e “competitividade no mercado internacional”, em referência às fabricantes brasileiras de aço.

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“Em anos anteriores, ações como essa não levaram a nada. Estamos dando o remédio errado, confundindo as doenças”, disse Butori, que se reuniu na manhã de hoje com lideranças de outras 11 entidades de indústrias brasileiras que consomem aço, na capital paulista. O governo discute com as fabricantes de aço do Brasil a intenção de elevar a alíquotas de alguns produtos siderúrgicos de uma faixa de 8% a 14% para 15% a 20%. Para Butori, a medida é protecionista e o Brasil estaria regredindo caso o aumento seja adotado.

“O que nós devemos fazer é pegar o preço que compete no mercado internacional, seja de onde for, e trabalhar daí para trás (usando o preço do mercado internacional como referência) e não daí para frente”, afirmou o executivo. “O setor siderúrgico tem problemas? Tem. O setor de autopeças tem problemas? Tem. Mas, se todos nós formos ao governo para pedir aumento de alíquota de importação, vamos diminuir nossa participação no mercado internacional e oferecer ao brasileiro um produto com qualidade inferior ao que está sendo consumido no mundo”, afirmou.

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