O presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyoun, acredita em maior aceleração das vendas do varejo a partir do segundo semestre deste ano. Em maio, o crescimento das vendas no setor foi de 2,24% em relação a igual período do ano passado, o menor em 16 meses, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Sistema de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

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Sahyoun falou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, durante o Brasilshop, evento promovido pela Alshop em São Paulo. Ele ponderou que a desaceleração nesta primeira metade de 2013 é resultado de maior pressão inflacionária. Ainda assim, acredita em recuperação. “(A inflação) é uma preocupação, mas o setor não está em um momento de crise, está crescendo”, avaliou. “O consumo passa por dificuldades, mas enxergamos melhoras no segundo semestre, sobretudo por conta do Natal”, afirmou.

Durante painel, o proprietário da rede Polishop, João Apolinário, considerou que o crescimento das vendas no primeiro semestre é muito fraco. Para ele, houve antecipação de vendas de bens duráveis como eletrodomésticos da linha branca durante o período de IPI reduzido. Apesar disso, Apolinário também acredita em recuperação. “Entendemos que esse efeito passou e que o consumidor vai voltar a ter crédito”, afirmou.

Shoppings

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No caso dos lojistas de shopping, Sahyoun avaliou que a dificuldade a ser superada hoje é o grande número de shoppings em construção e em projeto. De acordo com a Alshop, o Brasil tem hoje 120 empreendimentos em projeto e outros 157 em construção. A expectativa é de inauguração de 50 shoppings por ano nos próximos cinco anos.

Considerando a rotatividade dos shoppings já abertos, inaugurações e expansões, o atual ritmo dos empreendimentos exigiria a abertura de 25 mil novas lojas em shoppings por ano, de acordo com Sahyoun. “Não tem lojista para tanto shopping”, concluiu o executivo.

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O presidente da Alshop defende que as companhias donas de empreendimentos estimulem a criação de financiamentos para o pequeno lojista, com juros mais baixos que os praticados no mercado.