O diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, disse, hoje, que a desoneração da folha de pagamento com uma alíquota de 1% sobre o faturamento, no lugar do pagamento de 20% dos salários ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), seria vantajosa para o empresariado e beneficiaria cerca de 90% das empresas do setor no País. “Só 10% não sairiam ganhando com uma alíquota assim”, afirmou, antes da cerimônia de assinatura de um novo convênio do Programa de Exportação da Indústria da Moda Brasileira (Texbrasil) para 2012/2013.
De acordo com Pimentel, a alíquota de 1,5% proposta no ano passado pelo governo, dentro do programa Brasil Maior, não foi aceita pelo setor porque 30% das empresas sairiam perdendo com a substituição da forma de tributação e 10% ficariam na mesma.
O setor então teria proposto ao governo, contou Pimentel, uma redução para 0,8%. Hoje, em Brasília, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, encontrou-se com representantes dos setores têxtil e moveleiro e sinalizou que o governo aceita reduzir a alíquota de 1,5%. Da reunião em Brasília participou o presidente da Abit, Aguinaldo Diniz Filho. A previsão é de que o anúncio da nova alíquota seja feito ainda neste mês, mas Mantega não confirmou o novo porcentual.
“Havíamos proposto 0,8%, mas uma alíquota de 1% não seria ruim”, afirmou Pimentel. “E esse interesse do governo em negociar é um sinal positivo. Precisamos de um plano com um horizonte de dez anos e que gere cortes nos custos de produção e investimento.”