A elevação das despesas com alimentação foi a principal responsável pela alta de 0,41% do conjunto dos preços livres no âmbito do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de junho. Os preços livres (alimentos, vestuário, remédios, entre outros), segundo cálculos feitos hoje pelos economistas Fábio Ramos, da Quest Investimentos, e Gian Barbosa, da Tendências Consultoria Integrada, subiram 0,41%. Esta taxa supera as variações de 0,26% apurada no IPCA – índice de referência para as metas de inflação – fechado de maio e de 0,16% no IPCA-15 também do mês passado.
O IPCA-15 fechou em 0,29%, estabelecendo-se no teto das previsões dos analistas do mercado consultados pela Agência Estado, pressionado, sobretudo, pelo grupo Alimentação, que subiu 0,71% e que, sozinho, contribuiu com 0,15 ponto porcentual da inflação do período. Como grupo Alimentação é o maior em números de itens e produtos com formação de preços pelo mercado, sua variação foi a principal razão para a expansão dos preços livres.
Os preços administrados (energia, gás, telefone, água e esgoto, entre outros) oscilaram muito próximos da estabilidade. Avançaram apenas 0,03% e mostraram uma forte desaceleração na comparação com as taxas de 0,50% no IPCA-15 de maio e de 0,33% no IPCA fechado do mesmo mês. O comportamento oposto dos dois grupos de preços se explica pela alta dos alimentos no segmento dos preços livres e pela queda dos combustíveis do lado dos administrados.
O preço do litro do álcool combustível para o consumidor final em junho, no período que compreende a coleta de preços para o IPCA-15, sofreu uma redução de 6,47% e o preço da gasolina ficou 0,78% mais barato.