Rio – Os alimentos in natura, especialmente hortaliças, legumes e frutas, puxaram para cima a inflação semanal, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Se fossem excluídos esses itens, a variação semanal do IPC-S que foi de 0,48% até o dia 7 de março, seria de apenas 0,08%, disse o economista da FGV, André Braz. Segundo ele, apesar de a alta ser atípica para a atual época do ano, a manutenção dos preços desses produtos num nível mais elevado até meados de março já ocorreu por três vezes nos últimos cinco anos.

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?A alta nesse tipo de produto é geralmente mais comum em janeiro e deve começar a se diluir a partir de meados deste mês?, observou o economista. Na primeira semana do mês, os alimentos in natura tiveram alta de 11,19% ante 11,38% na semana anterior. Além disso, as frutas vieram se juntar a essa alta, com variação de 3,2% na semana até 7 de março ante 0,08% na semana anterior. Além do segmento Alimentação, também tiveram impacto sobre o IPC-S – dessa vez segurando uma maior alta do indicador – o segmento de Vestuário, que passou por promoções e teve uma queda de 2,12% na semana, e o álcool, que registrou variação negativa pela primeira vez este ano.

Segundo a FGV, o álcool teve queda de 0,86% ante alta de 0,29% na semana que passou. A redução no preço do combustível também intensificou a retração no preço da gasolina, na qual o álcool é adicionado, e que já havia sido verificada. Na semana encerrada em 7 de março, a gasolina caiu 0,56% ante queda de 0,48% no período anterior.

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