Os alimentos e os remédios exerceram as principais pressões no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 6.

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O grupo Alimentação e bebidas desacelerou a alta de 1,24% em março para 1,09% em abril, o equivalente a uma contribuição de 0,28 ponto porcentual para a inflação do último mês. Já o grupo Saúde e cuidados pessoais disparou de 0,78% em março para 2,33% em abril, sendo responsável por 0,26 ponto porcentual do último IPCA.

Juntos, os dois grupos responderam por 89% de toda a inflação do mês, o equivalente a 0,54 ponto porcentual sobre a taxa de 0,61% do IPCA.

Os remédios ficaram 6,26% mais caros em abril, como reflexo de parte do reajuste de até 12,50% em vigor desde o 1º dia de abril. O item deu a maior contribuição individual para a inflação do mês, o equivalente a 0,20 ponto porcentual. Outros destaques do grupo Saúde e cuidados pessoais foram plano de saúde (1,06%), artigos de higiene pessoal (0,58%) e serviços laboratoriais e hospitalares (0,52%).

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Entre os alimentos, as principais altas foram a da batata-inglesa (13,13%) e do açaí (9,22%). Na direção oposta, o tomate ficou 15,26% mais barato na passagem de março para abril.

Impacto negativo da energia elétrica

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A tarifa de energia elétrica recuou 3,11% em abril, dentro do IPCA divulgado pelo IBGE. O item exerceu o mais expressivo impacto negativo sobre a inflação do mês, o equivalente a -0,12 ponto porcentual para a taxa de 0,61% do IPCA.

O comportamento foi resultado do fim da cobrança extra da bandeira tarifária. Desde 1º de abril, deixou de ser cobrado o valor de R$ 1,50 por cada 100 quilowatts-hora consumidos, referente à bandeira amarela.

As contas de luz ficaram mais baratas em quase todas as regiões pesquisadas. As exceções foram Fortaleza, onde houve alta de 2,42% por conta do reajuste de 12,97% em 22 de abril, e Campo Grande, com aumento de 0,38% em função do reajuste de 7,40% a partir de 8 de abril.