O grupo alimentação e bebidas foi o principal responsável pela desaceleração do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de agosto para setembro, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta nesse grupo ficou em 0,87% em setembro, ante 1,61% em agosto.
Segundo nota divulgada pelo instituto, apesar de o item leite e derivados continuar à frente das maiores contribuições, com 0,05 ponto percentual na taxa de setembro, os preços subiram menos.
Enquanto em agosto a alta desse item havia sido de 10,62%, em setembro ficou em 1,98%. A desaceleração ocorreu por causa do leite pasteurizado, cujo reajuste ficou em 0,21% em setembro, ante 13,91% no mês de agosto. Outros alimentos também mostraram desaceleração na taxa de crescimento de preços, como as carnes, (que da alta de 4,21% de agosto passaram para 1,46%), e do pão francês (1,86% para 0,64%).
Por outro lado, alguns produtos como feijão e arroz tiveram aumentos mais acentuados. O feijão preto passou de 3,64% em agosto para 4,76% em setembro; e o carioca, de 2,77% para 5,25%. No caso do arroz, os preços aumentaram 3,23% em setembro, sendo que em agosto haviam apresentado queda de 0,15%. O óleo de soja (de 1,61% para 3,74%) também teve alta mais acentuada.
Nos produtos não-alimentícios, cuja taxa foi de 0,13%, destacaram-se as quedas registradas na gasolina (de -0,70% em agosto para -0,86% em setembro), álcool (de -5,65% para -2,08%) e telefone fixo (de 1,02% para -0,92%). Ainda de acordo com o documento do IBGE, no telefone fixo, o resultado reflete a redução do valor da conta média nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Recife, Belém, Fortaleza e Salvador.