Alimentos aumentam e pressionam a inflação

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Grupo de alimentos e bebidas
passou de 0,19% em dezembro
para 0,97% em janeiro.

A inflação medida pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo -15) registrou alta de 0,68% em janeiro. Em dezembro, o indicador havia apurado uma inflação de 0,84%. O IPCA-15 se refere a famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos e abrange Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia. O menor percentual foi registrado em Curitiba (0,33%)

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os itens que mais pressionaram os preços neste início de ano foram alimentos, energia elétrica, automóveis e educação. O índice funciona como uma prévia do IPCA (índice utilizado como meta de inflação e que influencia as taxas de juros). A diferença é a data de coleta de preços.

O grupo alimentação e bebidas passou de 0,19% em dezembro para 0,97% em janeiro. Os itens que registraram maior variação são alimentos importantes nas despesas familiares do brasileiro, como frango (2,80%), carnes (2,59%), ovos (2,39%), pescados (2%) e leite pasteurizado (1,13%). Em razão de fatores sazonais, hortaliças e verduras ficaram 2,27% mais caras.

A alta nos preços dos alimentos atingiu também quem faz as refeições em restaurantes e lanchonetes. A alimentação fora do domicílio registrou alta de 1,17%.

O reajuste das tarifas em dezembro fez com que a energia elétrica passasse de uma deflação de 0,33% em dezembro para uma alta de 0,57%. No Rio de Janeiro houve reajuste nas tarifas e na contribuição para custeio do serviço de iluminação pública. Em Porto Alegre houve alta de 5,95% em dezembro com a suspensão da redução que vinha sendo concedida. Em Recife e em Brasília, o reajuste na contribuição para custeio do serviço de iluminação pressionou os preços.

Os preços do grupo educação praticamente dobraram de dezembro para janeiro: passaram de 0,22% para 0,41%. Este segmento costuma apresentar altas no começo do ano em razão das compras de artigos escolares.

Já os automóveis passaram de 0,53% para 0,79% com o realinhamento de preços aplicados em janeiro. Os combustíveis, no entanto, deram trégua para o bolso do consumidor. A gasolina deu sinais de desaceleração e passou de 3,45% em dezembro para 2,76%. O álcool chegou a registrar deflação de 0,63% ante uma alta de 8,64% no mês passado.

O maior resultado entre as regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE foi verificado em Fortaleza (1,26%).

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