Rio
– Os reajustes dos alimentos, preços administrados e tarifas mantiveram forte influência sobre a inflação e elevaram para 1% o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) em agosto, ante 0,77% em julho. O resultado divulgado ontem, superou a estimativa média do mercado, que apontava para uma taxa de inflação no período (de meados de julho a meados de agosto) de 0,90%. O indicador é considerado um importante termômetro do comportamento no mês do IPCA, usado como parâmetro para as metas de inflação do governo. O resultado fechado do mês, no entanto, será conhecido apenas no início de setembro.Os produtos alimentícios, pressionados pelo câmbio e pela entressafra, aumentaram 1,63%, resultado quatro vezes superior ao de julho (0,42%). O destaque ficou com o pão francês que sob impacto do aumento no preço do trigo (influenciado pelo dólar) subiu 8,87%. A entressafra, por outro lado, provocou altas significativas no feijão carioca (13,14%), tomate (10,10%), feijão preto (8,30%), farinha de trigo (6,87%), batata-inglesa (6,70%) e leite pasteurizado (3,05%).
Mas as maiores pressões sobre o índice foram exercidas nos produtos ou serviços com preços administrados.
Os destaques foram ônibus interestaduais (11,07%), telefone fixo (5 53%), energia elétrica (3,37%), gás de cozinha (2,52%) e ônibus intermunicipais (2,05%). As tarifas aéreas subiram 7,52%.
As estimativas do mercado para agosto são de que os índices de inflação que ainda serão divulgados, como o próprio IPCA fechado e o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M, da Fundação Getúlio Vargas), mantenham resultados elevados, mas inferiores aos registrados em julho.