A alta do grupo Alimentação apresentou importante desaceleração em fevereiro em comparação com janeiro na cidade de São Paulo, conforme levantamento divulgado hoje pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) por meio do Índice do Custo de Vida (ICV).

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A variação positiva do grupo passou de 1,17% em janeiro para 0,39%, em fevereiro, e ficou em sintonia com o comportamento do próprio indicador de inflação, que saiu de um avanço de 1,28% para 0,41% no mesmo período de comparação.

Um dos destaques foram os subgrupos de Produtos In Natura e Semielaborados, que apresentaram variação negativa de 0,01% em fevereiro ante alta de 0,85%, em janeiro. Outra diferença importante foi a alta menor dos Produtos da Indústria Alimentícia. O subgrupo teve aumento de 0,28% no mês passado ante alta de 1,08% em janeiro. O subgrupo Alimentação Fora do Domicílio apresentou elevação ainda importante de 1,45%, porém mais amena do que a de 2,01% em janeiro.

O Dieese destacou que, apesar de a taxa do subgrupo Produtos In Natura e Semielaborados ter sido negativa e próxima de zero, a desagregação deste conjunto de preços por itens e produtos revelou comportamentos distintos. O segmento de Legumes, por exemplo, apresentou alta de 15%, com avanço generalizado em seus produtos, com destaque para o tomate (26,50%), pepino (10,15%) e vagem (10,08%). O segmento de Grãos, por sua vez, apresentou queda de 3,79%, com recuo tanto do feijão (-6,18%) como do arroz (-3,26%).

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O segmento de Carnes mostrou baixa de 2,99%, com comportamento deflacionário mais acentuado na carne bovina (-3,04%) em comparação com a suína (-2,06%). Já o subgrupo de Hortaliças subiu 11,16% e mostrou reajustes em todos os itens, com destaque para escarola (14,71%), repolho (13,56%) e alface (12,19%) – todos em função das fortes chuvas do começo de 2011.

Quanto à parte de Raízes e tubérculos, houve avanço de 2,83%, com forte alta na cenoura (16,11%) e na beterraba (11,42%). O segmento de Frutas, por sua vez, mostrou variação positiva de 2,50%, com reajustes acentuados no pêssego (16,37%), manga (15,06%), abacaxi (12,15%) e laranja (7,62%), que contrastaram com quedas marcantes no abacate (-20,31%), limão (-9,29%), pera (-5,53%), maçã (-5,50%) e mamão (-4,50%).

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No subgrupo da Indústria da Alimentação, o Dieese salientou que não foram observados aumentos marcantes nos preços dos componentes. Em Alimentação Fora do Domicílio, foram verificadas altas nos itens refeição principal (2,18%) e lanches (1,77%).