O grupo Alimentação teve a principal contribuição para o decréscimo na taxa de variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que compõe o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), divulgado nesta quarta-feira, 29, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). De maio para abril, o IPC passou de 0,60% para 0,33%. No mesmo período, o grupo Alimentação desacelerou de 1,26% para 0,36%. A FGV destaca o comportamento do item hortaliças e legumes, que passou de alta de 10,48% no mês anterior para queda de 3,03% neste mês.
Outras quatro classes de despesa, das oito analisadas, também registraram decréscimo nas taxas de variação. Habitação saiu de 0,52% para 0,22%, Transportes foi de 0,26% para -0,12%, Comunicação passou de 0,04% para -0,08% e Despesas Diversas variou de 0,25% para 0,24%. Nestes grupos, as maiores contribuições para o resultado vieram de tarifa de eletricidade residencial (0,23% para -1,20%), tarifa de ônibus urbano (0,25% para -1,21%), tarifa de telefone residencial (-0,78% para -1,17%) e acesso à internet em loja (1,29% para 0,00%), respectivamente.
No movimento contrário estão os grupos Saúde e Cuidados Pessoal (de 0,80% em abril para 1,21% em maio), Vestuário (de 0,53% para 0,93% no período) e Educação, Leitura e Recreação (-0,27% para 0,05%). Puxaram o resultado destas classes de despesa os itens medicamentos em geral (1,41% para 2,65%), roupas (0,69% para 1,23%) e show musical (-2,42% para 1,62%).
Estão entre as maiores influências negativas no IPC tomate (de 11,69% para -14,06%), tarifa de ônibus urbano (de 0,25% para -1,21%), tarifa de eletricidade residencial (de 0,23% para -1,20%), tangerina (de -2,61% para -25,42%) e tarifa de telefone residencial (de -0,78% para -1,17%).
Já entre as maiores pressões de alta aparecem refeições em bares e restaurantes (de 0,58% para 0,60%), leite tipo longa vida (de 3,57% para 3,75%), vasodilatador para pressão arterial (de 1,58% para 3,16%), plano e seguro de saúde (de 0,64% para 0,63%) e aluguel residencial (de 0,57% para 0,51%).
Construção
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou alta de 1,24% em maio, acima do resultado de abril, de 0,84%. Materiais, equipamentos e serviços subiram 0,56 neste mês ante alta de 0,50% no mês passado. Já o custo da mão de obra subiu 1,88% ante 1,15% em abril.
Entre as maiores influências positivas do INCC estão servente (de 0,89% em abril para 2,51% em maio), ajudante especializado (de 1,37% para 1,18%), carpinteiro (fôrma, esquadria e telhado) (de 1,05% para 2,35%), pedreiro (de 1,30% para 1,99%), vergalhões e arames de aço ao carbono (de 1,16% para 3,21%).
Na lista de maiores pressões negativas estão condutores elétricos (de -0,91% para -1,17%), vale-transporte (de 0,40 para -0,40%), tijolo/telha cerâmica (de -0,03% para -0,03%) e tinta a óleo (de 0,96% para -0,04%).