A aceleração na alta de preços do grupo Alimentação, de 1,69% para 2,14%, foi o principal fator que motivou a elevação do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da capital paulista, de 0,73% para 0,87%, entre a primeira medição e a segunda quadrissemana de dezembro. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), esta taxa de inflação representou o maior resultado em São Paulo desde a terceira quadrissemana de janeiro quando o indicador geral avançou 0,89%.
Conforme o coordenador do IPC-S, Paulo Picchetti, apesar da alta mais intensa do índice, os fatores determinantes para a movimentação de preços foram idênticos aos verificados nos levantamentos anteriores. "É mais do mesmo. Os alimentos foram, mais uma vez, os principais responsáveis pela inflação. Já estava na nossa conta e não tem nada de novo subindo", avaliou. "Este processo de alta do IPC-S deve acontecer também em janeiro quando há como novo ingrediente o impacto dos reajustes de mensalidades. Em fevereiro, as taxas tendem a ser menores", complementou, sem citar, entretanto, projeções.
De acordo com os cálculos de Picchetti, o segmento carnes bovinas contribuiu com 0,27 ponto porcentual da taxa de inflação paulistana no período. O feijão carioquinha, por sua vez, respondeu sozinho por 0,08 ponto do IPC-S. Isso significa que, se fossem retirados da pesquisa, a inflação geral teria sido de 0,52%.
Fora da Alimentação, Picchetti salientou o comportamento de alta nos preços do álcool combustível, que avançaram de 11,22% para 12,47% e contribuiu com 0,08 ponto do IPC-S, e do cigarro, que subiu de 1,68% para 2,64% e contribuiu com 0,05 ponto da inflação de São Paulo.