O presidente da República em exercício, José Alencar, reafirmou nesta terça-feira (14) que a posição do Brasil é tranqüila em relação aos efeitos da crise financeira norte-americana. De acordo com Alencar, o país vai muito bem, “apesar da política monetária”.

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José Alencar mais uma vez defendeu a redução da taxa básica de juros, a Selic, hoje em 13,75% ao ano.

“Se estamos preocupados com qualquer coisa ligada à recessão, uma das providências é baixar os juros. E, com essa ameaça de falta de liquidez bancária, os juros para o consumidor já subiram muito, e isso é perigoso”, disse após participar de um café da manhã em homenagem aos 80 anos do jornal Estado de Minas, em Belo Horizonte.

Alencar disse que a taxa de juros elevada para combater a inflação “é um instrumento correto no mundo inteiro”, mas considerou que é preciso ver o tipo de inflação a qual é aplicada.

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“É como um medicamento, você não pode ministrar um medicamento para um paciente antes de um diagnóstico correto”, explicou.

Segundo Alencar, “o medicamento” taxa de juros alta serve para combater inflação de demanda e o Brasil é um país de sub-consumo.

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“Você não pode achatar o consumo de quem não consome, então, a política monetária equivocada se torna também inócua nesse particular. Precisamos estar atentos a isso, é a vontade nacional que poderá dar força para que isso mude, porque nem todas as pessoas enxergam ao mesmo tempo, algumas enxergam antes”, afirmou.

O presidente em exercício disse que compartilha do otimismo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o Natal dos brasileiros não será afetado pela crise financeira.

“Acho que vai ser um bom Natal, porque o clima no Brasil é muito bom, todos estão muito confiantes”.

O presidente em exercício José Alencar foi recebido pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Os dois conversaram sobre a crise financeira e não trataram das eleições no estado.