O vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar, descartou a proposta de transformação de dívidas em ações da Varig para solucionar a crise financeira da empresa. No lugar da proposta que passava inclusive pela estatização temporária da companhia para venda em leilão, que chegou a ser cogitada já que a maioria dos credores é estatal – ou seja, como a dívida é do governo, as ações também seriam -, a Varig trabalha agora com a possibilidade de recuperação judicial, baseada na nova Lei de Falências.

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?Agora estamos trabalhando sob a égide da Lei de Falências que contempla a recuperação judicial?, disse Alencar ao descartar a alternativa estudada anteriormente de transformação de dívidas em ações. Ele explicou que até junho, quando a nova lei entra em vigor, o Unibanco e a consultoria Trevisan, que assessoram a empresa em sua reestruturação, farão os trabalhos de preparação para o enquadramento da Varig no processo de recuperação judicial, previsto na nova lei.

?Os trabalhos que estão sendo feitos visam a chegar, no prazo, já em condições de implementar, com base na lei, a reestruturação da companhia?, afirmou.

Os representantes do Unibanco, da Trevisan e o presidente da Varig, Luiz Martins, que estiveram reunidos por mais de três horas na manhã de ontem com Alencar, evitaram comentar a proposta em discussão na companhia.

Lei de Falências

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A nova Lei de Falências, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada, possibilita a renegociação do prazo de pagamento de dívidas e, no caso das empresas aéreas, dá tempo para sua recuperação sem que credores possam arrestar judicialmente aeronaves, por exemplo.