Alemanha diz que consequências de insolvência grega poderiam ser gigantescas

As consequências políticas de uma insolvência grega poderiam ser “gigantescas”, disse o vice-chanceler alemão e ministro da Economia, Sigmar Gabriel, pedindo ao governo grego de esquerda que esteja disposto a fechar o acordo.

Os comentários de Gabriel vieram após uma reunião em Berlim, ontem à noite, entre a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, François Hollande, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, e a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, para discutir maneiras de quebrar o impasse da crise da dívida grega.

“Eu tenho quase certeza de que a Alemanha e a França, mais uma vez, tentarão encontrar uma solução, porque as consequências políticas de insolvência da Grécia na zona do euro seriam, evidentemente, gigantescas”, disse Gabriel.

A Grécia tem que pagar quase 1,6 bilhão de euros (US$ 1,75 bilhão) em dívida com o FMI em meados de junho. Comentários de autoridades fora de Atenas sugerem que o governo grego pode não ter dinheiro suficiente para cumprir as obrigações e está ansioso para ter os 7,2 bilhões de ajuda financeira restante.

Gabriel acrescentou que está “muito feliz” que os líderes tentaram chegar a um acordo com a Grécia na noite de segunda-feira. “Espero, sinceramente, que o governo grego aceite as propostas”, disse ele.

Até agora, o governo alemão não forneceu detalhes sobre as negociações sobre o acordo para fornecer a ajuda financeira.

Após a reunião em Berlim, um porta-voz do governo disse que os líderes concordaram que o trabalho duro deve continuar e que eles vão ficar em contato ao longo dos próximos dias.

Pessoas familiarizadas com o assunto disseram que as autoridades das instituições europeias e do FMI tinham enviado aos líderes na reunião de Berlim um rascunho descrevendo as revisões econômicas que a Grécia precisa implementar para desbloquear o financiamento.

O acordo deve incluir medidas que Atenas terá que implementar em troca do recebimento do dinheiro de um acordo, que expira no final de junho. Fonte: Dow Jones Newswires.

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