O governo da Alemanha quer que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, isente as companhias alemãs dos impactos das novas sanções americanas contra a Rússia. Durante visita a Washington nesta semana, o ministro das Finanças alemão, Olaf Scholz, pedirá o tratamento especial. Além disso, a chanceler Angela Merkel planeja, segundo autoridades do país europeu, tratar do assunto em reunião com Trump, prevista para o dia 27.
Além das preocupações sobre as sanções, Merkel pretende advertir Trump sobre o risco econômico trazido pelas políticas comerciais dos EUA, disse um assessor da chanceler. “Essa não será uma visita fácil”, comentou.
A indústria alemã tem feito lobby com o governo Merkel para pedir que os EUA suavizem sua posição ou façam arranjos para garantir que as companhias alemãs, muitas das quais com negócios substanciais na Rússia, não sejam vítimas da piora das relações entre Washington e Moscou.
As novas sanções, anunciadas neste mês, têm como alvo mais de 30 indivíduos russos, entre eles membros do governo e empresários. Elas impedem companhias ativas nos EUA de fazer negócios com essas pessoas ou com as empresas que controlam.
Gigantes da indústria alemã como Siemens, Daimler e Volkswagen fazem negócios com empresas ligadas aos alvos das sanções. Executivos alemães dizem que as medidas poderiam ameaçar joint ventures de longa data, impedir que bancos financiem novos projetos na Rússia e potencialmente custar milhões de euros às empresas alemãs.
A Alemanha faz muitos negócios com a Rússia. O comércio bilateral avançou no ano passado a 54,5 bilhões de euros (US$ 67,4 bilhões) no ano passado, de 45 bilhões de euros em 2016, apesar das incertezas com as sanções. Companhias alemãs investiram mais de 20 bilhões de euros na Rússia nos últimos anos. Fonte: Dow Jones Newswires.