Foto: Anderson Tozato/O Estado |
Álcool combustível: aumento injustificado. continua após a publicidade |
O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado, relativo à última quinzena de dezembro e primeira quinzena de janeiro) registrou índice de 0,52% em Curitiba, 0,01 ponto percentual acima da média nacional, que ficou em 0,51%. É o quarto menor índice do País, dentre as onze capitais pesquisadas. Recife apresentou a menor variação com -0,08%, e Belo Horizonte a maior, com 1,07%. As informações foram divulgadas ontem, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O grande impacto no índice, como já era previsto, foi causado pelo álcool combustível, que aumentou 9,22% na média nacional, resultando em uma contribuição de 0,1% no IPCA-15. Como reflexo da sua composição, a gasolina, que contém 25% de álcool anidro, também apresentou variação, representando 0,04% do índice. Em dezembro, o produto tinha subido 1,09%. A gasolina ficou 0,59% mais cara, ante alta de 0,04% em dezembro. Em Curitiba, no período analisado, o aumento do álcool chegou a 10,86%, representando o terceiro maior índice do Brasil. A gasolina, entretanto, teve uma redução que chegou a 1,32%, indo contra a tendência nacional de aumento.
Se o álcool foi surpreendente, a grande vilã, mais uma vez, foi a alimentação. Em janeiro, o brasileiro pagou 0,41% a mais pela comida que vai à mesa todos os dias – em dezembro, o índice foi de 0,40%. Na cesta básica, o prato principal – arroz e feijão – ficou mais caro, apresentando as elevações mais significativas. O feijão saltou de 4,08% para 9,22% e o arroz de 0,63% para 3,15%. Em Curitiba, os aumentos ficaram em 3,08% e 5,51%, deixando a cidade com o terceiro maior índice no arroz.
A batata, vilã em dezembro, mostrou sinais de redução em todo o País devido ao início da colheita, passando de 36,01% para 33,23%. Porém, em Curitiba, o preço continuou salgado até a primeira quinzena de janeiro, com uma alta de 42,35%. O tomate, outro vilão da cesta básica do curitibano em dezembro, teve o seu preço despencando em 16,09%. As demais capitais acompanharam a queda, promovendo uma média nacional de -16,25%.
Na alimentação, a boa-nova veio na análise do preço da carne vermelha e de frango, que contribuíram para que a alta da cesta alimentar não fosse ainda maior. Em Curitiba, o frango caiu 0,29% e em todo o País, 2,82%. A carne vermelha, em Curitiba, caiu 1,80%, mais que a média nacional, que foi de 1,31%. A maior queda foi registrada em Recife, com uma redução em 3,25%.
Saúde
Os planos de saúde também ficaram mais caros, com uma média de 1,89%. No Paraná, esse aumento foi de 2,27%, refletindo os reajustes efetuados no início do ano. A contrapartida veio através da energia elétrica. Com a extinção do seguro-apagão, o valor pago caiu 0,52% na média nacional e 0,83% em Curitiba.
Nacional
Na análise nacional, o valor das tarifas de ônibus contribuíram significativamente para o fechamento do índice em 0,51%. A maioria das capitais, como Curitiba, fechou o período com índice de 0%. Porém, Belo Horizonte e Brasília quebraram a tendência, mostrando aumentos de 5,45% e 8,40%, respectivamente, refletindo de modo considerável no fechamento do índice nacional em 0,51%.