São Paulo (AE) – O preço do álcool acumula alta de 5,9%, em média, nos postos brasileiros, desde o início do ano, aponta a pesquisa semanal de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP), divulgada ontem. Quando o ciclo de alta começou, ainda no final do ano passado, temia-se que essa entressafra fosse crítica como a de 2006, quando houve risco de desabastecimento do combustível. Nas últimas semanas, porém, especialistas e executivos do setor vêm dando declarações tranqüilizadoras, garantindo que não há estimativas de falta de álcool antes do início da safra.
Para os proprietários de carros bicombustíveis, só é vantagem encher o tanque com álcool em 15 estados brasileiros – Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Nos demais, o litro do álcool já vale mais do que 70% do preço da gasolina. A partir daí, segundo especialistas, é melhor abastecer com o derivado do petróleo, já que este tem rendimento melhor. Em São Paulo, a razão entre os preços dos dois produtos é de 57%, com grande vantagem para o álcool.
Queda nas usinas
Nas usinas paulistas, enquanto isso, pela terceira semana consecutiva o preço do álcool combustível apresentou recuo. O valor médio do litro do hidratado caiu 1,27% e o do anidro recuou 1% nas unidades produtoras, entre segunda-feira e ontem, de acordo do levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP). O litro do hidratado, utilizado nos veículos a álcool e flex fuel, foi vendido, em média, a R$ 0,83322 nas usinas esta semana, ante R$ 0,84394 na semana passada. Já o preço do anidro, misturado em 23% à gasolina, foi de R$ 0,87382 para R$ 0,86416.