No dia em que a Câmara vota a proposta de emenda constitucional que pode prorrogar até 2011 a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse ser contrário à manutenção da alíquota de 0,38% até 2011. Para o ex-governador, o imposto deveria ser mantido apenas como fiscalizador, com uma alíquota de 0,08%.

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Alckmin que ministrou hoje palestra "Desafios da Saúde no Brasil" na Santa Casa de Santos, na Baixada Santista, disse que a Saúde não precisa depender da CPMF. "Aliás, a CPMF foi criada, mas o dinheiro não foi pra Saúde, o governo precisa priorizar melhor e tratar de gastar bem", criticou o tucano, afirmando que o aumento da arrecadação federal esse ano equivale ao dobro do valor arrecadado com a CPMF. "O aumento de arrecadação esse ano vai ser em torno de R$ 70 bilhões", disse.

Para Alckmin, o fim da cobrança como é feita hoje (com alíquota de 0,38%), traria três importantes benefícios para o País: a redução da carga tributária, a necessidade de reformas estruturais e um ajuste nos gastos públicos, que segundo ele, "não param de crescer".

De acordo com o ex-governador, a carga tributária está indo para 37% do PIB e precisaria, em uma primeira etapa, ser reduzida para 30%. "Isso ajudaria o povo a poder ter mais recurso, mais consumo, melhorar a qualidade de vida e promover emprego". Já sobre as reformas tributária, fiscal e política, Alckmin criticou a demora para que ocorram e afirmou que "o Governo está muito parado, há um marasmo danado".

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