O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou hoje um ajuste fiscal nas contas do Estado. Após se reunir com membros de seu secretariado, inclusive do Planejamento e da Fazenda, Alckmin disse que irá cortar as despesas de custeio em 10%. Segundo ele, o valor corresponde a R$ 1,5 bilhão. Nos investimentos, o corte será de 20%, mas o governador não detalhou o valor exato da redução.
Alckmin afirmou que áreas consideradas estratégicas não sofrerão os impactos desse ajuste, como Educação, Saúde, Segurança, Programas Sociais e verba destinada ao combate às enchentes. O governador não explicou o motivo que o levaram a tomar a decisão. “É bom a gente ter cautela. É normal começar a administração com um ajuste”, afirmou.
Ele não esclareceu se o governo de São Paulo trabalha com uma projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) menor ou de inflação maior. No Orçamento, aprovado no ano passado, o governo esperava uma inflação de 4,5% e um crescimento do PIB também de 4,5%. “Vamos aguardar a evolução da arrecadação do primeiro semestre”, observou.
Alckmin afirmou ainda que a avaliação do quadro financeiro é positiva. “O Estado tem boa capacidade de investimento e recuperou a capacidade financeira”, disse. “Vamos congelar por cautela”, disse. Ele ressaltou que o governo continuará o esforço para reduzir a relação entre a dívida e a receita corrente líquida. Hoje, essa relação é de 1,5.
O governador disse que não discutiu ainda o porcentual de reajuste da tarifa do metrô. Sobre a revisão dos contratos de concessão de rodovias estaduais, afirmou que uma análise será feita ao longo do primeiro semestre.